Objetivos Gerais da Creche
Segundo Gabriela Portugal, há dez princípios educativos em creche, sendo eles:
Princípio 1 – Envolver as crianças nas coisas que lhes dizem respeito:
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A criança e o adulto devem estar totalmente presentes e envolvidos numa mesma tarefa – o principal objectivo da educadora é de manter a criança envolvida na interacção (por exemplo: muda de fraldas, vestir, despir, … são tempos educativos).
Princípio 2 – Investir em tempos de qualidade procurando-se estar completamente disponível para as crianças:
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O tempo de qualidade constrói-se numa rotina diária. A educadora deve estar totalmente presente, atenta ao que se passa, valorizando o tempo que está junto da criança.
Princípio 3 – Aprender a não subestimar as formas de comunicação únicas de cada criança e ensinar-lhe as suas:
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Durante a interacção a educadora deve articular atos com palavras.
Princípio 4 – Investir tempo e energia para construir uma pessoa “total”:
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Deve-se trabalhar simultaneamente o desenvolvimento físico, emocional, social e cognitivo.
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São o dia-a-dia, as relações, as experiências, as mudas de fraldas, as refeições, o jogo… que contribuem para o desenvolvimento intelectual. Estas mesmas experiências ajudam a criança a crescer físicamente, socialmente e emocionalmente.
Princípio 5 – Respeitar as crianças enquanto pessoas de valor e ajudá-las a reconhecer e a lidar com os seus sentimentos:
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A educadora deve respeitar a criança, respeitando os sentimentos da criança e o direito de ela os expressar. A educadora deve dar apoio sem exagerar e estar disponível.
Princípio 6 - Ser verdadeiro nos nossos sentimentos relativamente às crianças:
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A educadora deve verbalizar os seus sentimentos e ligá-los claramente com a situação e impedir a criança de continuar a fazer o que provocou esses sentimentos.
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Não se deve culpabilizar a criança como causa do nosso mal-estar – a criança não é “má”, certos comportamentos é que são inaceitáveis.
Princípio 7 – Modelar os comportamentos que se pretende ensinar:
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A educadora deve funcionar como modelo de comportamentos aceitáveis tanto para crianças como para adultos dando exemplos de cooperação, respeito, autenticidade e comunicação.
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Quando a situação envolve agressividade, a educadora deve modelar com gentileza o comportamento que pretende ensinar:
- O agressor necessita de ser controlado com gentileza – não se deve julgar;
- A vítima necessita de ser tratada com empatia (compreender a sua perturbação) – simpatia e grande quantidade de atenção podem recompensar as vítimas (aprendem que ao serem vítimas recebem amor e atenção do adulto)
Princípio 8 – Reconhecer os problemas como oportunidades de aprendizagem e deixar as crianças tentarem resolver as suas próprias dificuldades:
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A educadora deve deixar os bebés e as crianças lidar com os seus problemas na medida das suas possibilidades – deve dar tempo e liberdade para resolver problemas.
Principio 9 – Construir segurança ensinando a confiança:
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Para que a criança aprenda a confiar, necessita de poder contar com adultos confiáveis. Necessita de saber que as suas necessidades serão satisfeitas dentro de um período de tempo razoável.
Princípio 10 – Procurar promover a qualidade do desenvolvimento em cada fase etária, mas não apressar a criança para atingir determinados níveis desenvolvimentais:
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O desenvolvimento não pode ser apressado. Cada criança tem um relógio interno que determina o momento de gatinhar, sentar, andar, falar. É mais importante aperfeiçoar competências do que desenvolver novas competências. As novas competências surgirão naturalmente quando a criança já praticou suficientemente as antigas.
Referências:
http://missaoeducar.blogspot.pt/2008/11/princpios-educativos-em-creche-gabriela.html